Como a poluição sonora afecta os ecossistemas

12-SET-2024

Como a poluição sonora afecta os ecossistemas
O excesso de ruído é a segunda causa de morte por agentes poluentes na Europa e um problema que também afecta o equilíbrio ecológico.
Buzinas de automóveis, estrondos vindos dos motores das motos, martelos pneumáticos nas obras, os zumbidos dos aviões que atravessam o céu… parece-lhe familiar? Se vive numa grande cidade, é possível que esta série de ruídos faça parte do seu dia-a-dia e que, quase sem querer, lhe passem despercebidos.
No entanto, parece que nos esquecemos frequentemente de que, mais do que sermos vítimas que têm de suportar esse bulício, somos também os responsáveis pela sua produção, a qual dista muito do silêncio aprazível e benéfico que reinaria sem a nossa presença.
Para além de causar problemas de saúde a algumas pessoas e incomodar outras, a poluição sonora também influencia de forma invisível o nosso ambiente: pode criar desequilíbrios ecológicos que afectam a diversidade e o desenvolvimento da vida selvagem.

O que é a poluição sonora?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição sonora é a presença deruído ou vibrações que causam impactos negativos na saúde humana, na conservação do meio ambiente e na vida selvagem.
Na verdade, a produção de ruído não é mais do que uma emissão de energia forte que se vai propagando através da atmosfera como uma onda. Quando chegam ao ouvido, as vibrações são transmitidas ao tímpano, o qual vibra na mesma frequência. Um som é considerado ruído quando ultrapassa os 65 decibéis, sendo identificado como uma vibração tão forte que causa mau estar no tímpano aquando na sua recepção.
O ruído, produzido por múltiplas fontes artificiais, como o tráfego de veículos, as ferramentas de construção, os processos industriais ou as comunicações aéreas, alcançou níveis alarmantes em cidades de todo o mundo e as consequências começam a ser cada vez mais visíveis.

Não há como escapar
A exposição prolongada a níveis de ruído elevados pode ter consequências graves para a saúde humana afectando não só na audição, como causando mal-estar, distúrbios do sono e problemas cardiovasculares e metabólicos.
Com efeito, o aumento da frequência cardíaca e respiratória devido aos níveis elevados de ruído também pode desencadear complicações relacionadas com o coração e o repouso, reforçando-se assim a importância de abordar este problema para proteger a saúde pública.
Os últimos dados sobre a exposição ao ruído na Europa foram alarmantes e demonstram a necessidade urgente de se tomarem medidas para reduzir esta forma de poluição e deixar de considerá-la um problema inofensivo.
Há que ter em conta que o ruído ambiental é a segunda causa de morte atribuída a agentes poluentes na Europa, após a contaminação atmosférica, razão pela qual é fundamental que os governos implantem políticas eficazes para mitigar este problema e promover ambientes mais saudáveis para todos.
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