A freguesia de Ançã “oferece o que de melhor tem o núcleo urbano, com alguma pacatez própria dos locais mais rurais”. Entre a Bairrada e o Baixo Mondego, visitar Ançã é viajar na história, onde o património arquitectónico e abundante e de prender a respiração de tanta beleza, como por exemplo a CAPELA DA GRANJA, CAPELA DE NOSSA SENHORA DAS MERCÊS, CAPELA DE S. BENTO, CAPELA DE S. SEBASTIÃO, CAPELA DO ESPÍRITO SANTO, CAPELA DO SENHOR DA FONTE, CASA ONDE NASCEU JAIME CORTESÃO, FONTE DE ANÇÃ, IGREJA DE NOSSA SENHORA DO Ó (IGREJA MATRIZ DE ANÇÃ), onde existem imagens do século XV e XVI. A imagem da Virgem e o Menino é imã escultura do Mestre João Afonso, o chamado Mestre das Alhadas. Representa Nossa Senhora sentada, com o menino ao colo, e é feita de calcário policromado.
Uma piscina natural no centro da vila faz as delicias das pessoas que ali se deslocam, assim como os diversos fontanários nos vários lugares que compõe a Freguesia. Falar de Ançã estará para sempre associado o nome de Jaime Cortesão, filho da terra, foi um intelectual que, privilegiando concomitantemente a investigação, a reflexão e a acção, ocupou um lugar proeminente na cultura política e na cultura histórica do seu tempo, sobretudo pela afirmação de um duplo combate – político e de reavivar a consciência histórica e cívica – presente na produção escrita e na acção cultural e cívica. O impulso dinamizador e o sentido da convergência foram os traços mais característicos da sua personalidade. Foi sobretudo um «polarizador de doutrina», um «catalisador» de ideias, como o definiu Aquilino Ribeiro, mais «congraçador» do que «hostilizador dos homens», como o considerou José Rodrigues Miguéis.
A partir da compreensão do universo mental e moral do autor e das múltiplas facetas da sua obra e da sua acção – enquanto poeta, dramaturgo, ficcionista, pedagogo, político e historiador – percebemos que compatibilizou a reflexão com a intervenção crítica activa, no contexto convulsionado do Portugal da I República, da Ditadura Militar e do Estado Novo.
Este Executivo tudo tem feito para promover o Bolo de Ançã, produto da doçaria tradicional agora protegido com o registo da marca pela Junta de Freguesia, marca essa com a qual estão já a ser comercializados os genuínos Bolos de Ançã, fabricados pelas boleiras de Ançã, onde também acções de promoção da marca junto da imprensa regional e da participação das Boleiras de Ançã em eventos culturais e gastronómicos por toda a região são uma aposta deste Executivo.
Freguesia de gente ordeira e conciliadora, sabe receber bem quem nos visita. Da gastronomia ao artesanato, são muitas as razões para nos brindar com um passeio por esta terra.
Em cada esquina encontra pessoas sempre dispostas a dar uma palavra amiga.
FESTAS RELIGIOSAS
• Festa do Coração de Jesus
• Festa da Semana Santa
• Festa do Arraial de S. Tomé (dia 25 de Julho)
• Festa de S. Sebastião
• Festa do Arraial de S. Bento
• Festa do Senhor da Fonte
• Festa de Santa Maria
• Festa de Nossa Senhora das Mercês
• Festa do Aniversário em S. Bento
• Festa da Padroeira de Ançã – Nossa Senhora do Ó
GASTRONOMIA
• Bolos de Ançã
• Chanfana
• Leitão assado
A origem do Bolo de Ançã perde-se no tempo tendo o segredo do seu fabrico sido transmitido de pais para filhos.
É um Bolo de confecção simples, com ingredientes naturais (ovos, farinha de trigo, açúcar, manteiga e canela), de reconhecida qualidade, estando no processo de fabrico artesanal – amassado manualmente e cozido em forno de lenha da região – que se encontra o seu verdadeiro segredo.
Este fabrico tradicional, mantido durante gerações de boleiras, torna-o num produto típico desta vila, conhecido e apreciado em todo o país, sendo comum encontrar por toda a região as famosas boleiras com os seus açafates recheados de bolos dourados. Estes mesmos açafates representam, também, uma verdadeira imagem de marca da vila, marcando, à beira da estrada, os locais do seu fabrico e comercialização, pelas próprias boleiras que os confeccionam… do forno directamente para as mãos dos consumidores.
Como produto característico de uma localidade, pretende-se que a sua confecção continue a ser a mais fiel e genuína, preservando as características únicas que o tornaram num famoso património gastronómico. Para tal, a Junta de Freguesia de Ançã iniciou já o processo de certificação e de registo da marca Bolo de Ançã, instrumentos fundamentais para a protecção de quem se dedica ao seu fabrico, mantendo os métodos tradicionais, bem como tendo em vista a protecção dos muitos admiradores e habituais consumidores deste verdadeiro embaixador de Ançã.
ARTESANATO
• Cantaria
• Tanoaria
• Cestaria
• Latoaria / Funilaria
• Olaria
• Ferro Forjado
PEDRA DE ANÇÃ
Se Coimbra foi na época Medieval e na Renascença um grande centro de escultura, à Pedra de Ançã o deve. Grandes escultores radicaram-se em Coimbra, tendo produzido obras notáveis: Mestre Pero, vindo provavelmente de Aragão, fez o túmulo da Rainha Santa Isabel, para além de várias Nossas Senhoras do Ó (Santiago de Compostela, La Coruña, etc); Gil Eanes, depois do flamejante portal da Batalha, regressa à cidade, como vários outros canteiros; João Afonso faz o túmulo de Afonso Góis, na matriz daquela localidade; Diogo Pires, o Moço e Diogo Pires, o Velho, fizeram estatuária diversa; Nicolau Chanterenne, fez o portal e os túmulos dos reis D. Afonso Henriques e D. Sancho I para a Igreja de Santa Cruz; João de Ruão talhou a Porta Especiosa e o altar da Capela do Santíssimo Sacramento da Sé Velha bem como magnífico púlpito de Santa Cruz, para citar só alguns exemplos de alguns escultores, monumentos e obras.
São estes, entre outros, os nomes que fazem desabrochar a flor resplandecente da Escola Coimbrã.
A existência da Pedra de Ançã marca também a paisagem da parte mais a norte da freguesia. A presença das imponentes pedreiras, por entre as quais se estende um vale luxuriante e fértil (as Várzeas), conferem à paisagem uma singularidade e uma beleza impares, pelo que são pontos de interesse que não podem deixar de ser visitados.